A abertura dessa rua data do século XVIII e, inicialmente, recebeu a denominação de Beco Comprido. Esse logradouro consta do mapa mais antigo da cidade, o de 1810, porém sem denominação. No mapa de 1881, o logradouro já se encontra denominado como Rua de São Luiz.

Na origem dessa denominação encontramos o Brigadeiro Luís Antonio (Luís Antônio de Souza Queirós) um dos homens mais ricos de São Paulo na primeira metade do século XIX. Trabalhando como tropeiro, ele fez fortuna com o transporte de cargas e adquiriu terras na capital. Dentre as suas propriedades, encontrava-se uma chácara no bairro da Consolação, localizada entre a rua de mesmo nome, a Rua 7 de Abril (antiga Rua da Palha ) e a Praça da República ( antigo Largo dos Curros ).

No interior dessa chácara, foi aberta uma trilha que, mais tarde se transformaria na atual avenida. Falecendo o Brigadeiro em 1819, a chácara da Consolação passa para seu filho, Francisco Antônio de Souza Queirós, o Senador Queirós. Apesar da família Queirós ser a proprietária da chácara, seus membros não residiam nela, utilizando-a apenas para temporadas na casa sede. Por volta de 1860, a rua recebeu sua denominação, uma homenagem ao santo de devoção do Brigadeiro Luís Antônio.

Falecendo o Senador Queirós em 1897, a chácara foi sendo dividida em glebas menores e vendidas. Em 1900, por exemplo, Dona Ana Cintra adquire um lote; em 1910, a Cúria Metropolitana adquire outro e transfere a sede do Arcebispado para lá, no palácio São Luís. Em 1920, o Circolo Italiano adquire o lote onde mais tarde seria construído o Edifício Itália.

A partir de então, a São Luís transforma-se numa das mais elegantes de São Paulo, abrigando diversos palacetes. No ano de 1944, ela foi alargada, transformando-se em Avenida. O primeiro grande edifício ali construído foi o São Luís, inaugurado em 1945. Nas décadas de 1950 e 1960, a Av. São Luís transformou-se num ponto muito importante onde circulavam intelectuais e artistas.

Fonte: Arquivo Histórico de São Paulo