Bem-vindo ao distrito Liberdade

Este distrito situado na Zona Central abrange os bairros de:

  • Aclimação
  • Glicério
  • Liberdade




História: Distrito Liberdade

Liberdade, o famoso bairro oriental de São Paulo, já foi palco de grandes lutas na historia da capital. Antigamente, a área era conhecida como Campo da Forca. No centro do bairro, onde hoje é a praça da Liberdade, está a Igreja da Santa Cruz, mais conhecida como Igreja dos Enforcados, onde as pessoas vão acender velas para as almas. Nas imediações existia, já por volta de 1770, um dos primeiros cemitérios da capital, onde eram enterrados os escravos e os desvalidos, além dos enforcados.

Próximo ficava o famigerado pelourinho, que desde 1610 era o local onde os escravos eram torturados. Pouco adiante estava o Campo da Forca – onde até 1870 eram enforcados os julgados pela Justiça. Ironicamente, o largo da Forca, após ser extinta a pena de morte por enforcamento, passou a ser conhecido como largo da Liberdade. A primeira forca de São Paulo foi instalada lá perto, na rua Tabatinguera.

A história nos conta que o nome Liberdade foi dado a uma rua da capital com base nos fatos que aconteceram em 7 de abril de 1831, data da abdicação do imperador dom Pedro I. Em 4 de maio do mesmo ano, o vereador Cândido Gonçalves Gomide indicou o nome para perpetuar a data. A proposta não foi totalmente aceita, mais tal denominação foi dada a um chafariz existentes no largo São Francisco. O nome pegou e foi se estendendo à rua, ao largo e consequentemente ao bairro.

Ainda hoje podemos ver letreiros de ônibus com os dizeres: largo da Pólvora. É que, em 1813, foi instalada na região – mais ou menos um quilômetro distante da praça João Mendes – a Casa da Pólvora , onde era armazenada toda a pólvora que existia na pequena Vila de São Paulo.

Um fato fez com que o bairro se desenvolvesse. Em 1864, foi aberta, , por José Vergueiro (filho do senador Vergueiro), uma nova estrada para o litoral, e foi chamada estrada do Vergueiro. Essa via ficou também conhecida como estrada Nova para Santos, no trecho que compreendia desde o largo da Liberdade até sua bifurcação, com o ramo que seguia para Santo Amaro.

A Confraria cresceu, e a cada um que não se dava bem no interior tinha proteção entre os moradores até se acertar na capital. O desenvolvimento foi inevitável e o bairro, ao longo dos anos, adquiriu características orientais. Assim, a partir dos anos 1950, vieram outros povos asiáticos, como chineses e coreanos. Hoje a Liberdade é um dos bairros de maior atração turística da capital, com suas ruas enfeitadas e coloridas, seu comercio diversificado e sua beleza.

Fonte: 450 Bairros São Paulo 450 Anos
Editora: Senac São Paulo
Autor: Levino Ponciano