• População estimada 2016 115.193
  • População 2010 105.516
  • Área da unidade territorial 2015 (km²) 133,057
  • Densidade demográfica 2010 (hab/km²) 792,13
  • Código do Município 3545209
  • Gentílico Saltense

HISTÓRICO

  • A região onde se insere a cidade de Salto está entre as primeiras no processo de penetração do território, desde a segunda metade do século XVI.
  • Registros históricos dão conta da presença de uma aldeia dos índios Guaianás ou Guaianases, do tronco Tupi-Guarani, nas imediações da cachoeira, à qual chamavam Ytu Guaçu, Salto Grande em língua nativa.
  • Esses índios, assim como outros das margens do Tietê, foram repelidos ou aprisionados nas investidas das primeiras bandeiras paulistas, que os levaram para abastecer de mão-de-obra as roças nas vilas do planalto.
  • O rio Tietê foi, desde o início, indicador natural de caminhos para exploradores, missionários e autoridades coloniais.
  • A cachoeira, hoje cercada pelo centro da cidade de Salto, aparece em mapa primitivo do governador espanhol Luís de Céspedes Xeria, nos primeiros anos do século XVII.
  • Também ao seu redor a grande bandeira de Nicolau Barreto, em 1601, aldeou grande número de indígenas cativos.
  • E foi a uma légua do salto que Domingos Fernandes e seu genro, Cristóvão Diniz, saídos de Santana de Parnaíba, fundaram o povoado de Nossa Senhora da Candelária do Ytu Guaçu, a atual cidade de Itu, em 1610.
  • Já no final do século XVII, o atual território de Salto era uma propriedade particular, o Sítio Cachoeira, parte de sesmaria da Capitania de São Vicente, adquirido pelo capitão Antônio Vieira Tavares (sobrinho do bandeirante Raposo Tavares) e de sua mulher, Maria Leite.
  • O capitão obteve permissão para construir e mandar benzer uma capela em seu sítio, que o livrasse de ir a Itu para assistir missa.
  • A bênção do templo e a primeira celebração deram-se em 16 de junho de 1698, data que é considerada como a de fundação da cidade de Salto.
  • Por disposição testamentária, no ano de 1700, o casal fez a doação de suas terras, escravos e índios à Capela de Nossa Senhora do Monte Serrat.
  • A localidade, com poucas casas e lavoura circundante, permaneceria por bom tempo na condição de bairro rural da vila de Itu.
  • Com o descobrimento de ouro em Cuiabá, no início do século XVIII, a região ituana funcionou como trampolim para aquelas regiões interiores da colônia.
  • Nos seus arredores eram organizadas as monções, expedições fluviais que abasteciam de víveres as minas, levavam e traziam homens e garantiam o fluxo do ouro.
  • Parte dos capitais gerados com a atividade mineradora foi aplicada na compra de terras, escravos negros, plantio de vastos canaviais e montagem de engenhos, a partir de meados do século XVIII.
  • O povoado de Salto de Ytu, como então se chamava, passou a integrar o quadrilátero do açúcar (delimitado por Mogi-Guaçu, Jundiaí, Sorocaba e Piracicaba), a mais rica região produtora daquele produto em São Paulo, situação que se estendeu pela primeira metade do século XIX.
  • Nesta altura, havia mais de quatrocentos engenhos de açúcar e aguardente em São Paulo, cem dos quais na região ituana.
  • Foi o capital acumulado com a lavoura da cana-de-açúcar e, em menor escala, do café e do algodão, que propiciou o despertar do lugarejo, na segunda metade do século XIX.
  • A posição geográfica privilegiada, junto à queda d?água, foi fator decisivo para os primeiros investimentos fabris, assim como a chegada da ferrovia, com a instalação dos trilhos da Companhia Ituana de Estrada de Ferro, em 1873.
  • Nesse mesmo ano, o empresário José Galvão da França Pacheco Júnior inaugurou a primeira fábrica de tecidos na margem direita do Tietê, batizando-a de Júpiter.
  • Pouco depois, em 1882, o dr. Francisco Fernando de Barros Júnior, político republicano cognominado Pai dos Saltenses, inaugurou a sua tecelagem, à qual deu o nome de Fortuna, poucos metros mais abaixo daquela pioneira.
  • Em 1885, seria a vez da Fábrica de Meias de José P. Tibiriçá, e, em 1887, a Fábrica de Tecidos Monte Serrat, de Octaviano Pereira Mendes.
  • Ainda no último ano da monarquia, 1889, inaugurava-se na margem oposta do rio a primeira fábrica de papel da América Latina, de Melchert & Cia.
  • A esse despertar industrial correspondeu o aporte de trabalhadores europeus, desviados em parte da lavoura do café e de outros produtos.
  • No caso saltense, foram sobretudo italianos, atraídos em grande número pelas tecelagens, mas fixando-se também em pequenas propriedades rurais e no comércio miúdo pela cidade.
  • Mesmo o capital italiano se fez presente, já que as duas fábricas pioneiras acabaram se aglutinando numa unidade maior e transferindo-se para a propriedade de europeus, através da Società per l´Esportazione e per l´Industria Italo-Americana.
  • Pouco depois, em 1919, esta daria lugar à Brasital, indústria que marcou a vida da comunidade por décadas, como maior empregadora e responsável pelo surgimento de vilas operárias e de todo um modo de vida, com profundas raízes na cultura local.
  • No campo político, a chegada da República coincidiu com a separação do município de Itu, passando a cidade a ter autonomia administrativa.
  • O nome foi simplificado para Salto já em 1917.
  • A entrada do século XX trouxe mais indústrias e benefícios como a iluminação elétrica, os serviços de água e esgoto, telefone, o primeiro grupo escolar, bandas de música e a segunda usina hidrelétrica instalada no rio Tietê, a de Lavras, construída a partir de 1904.
  • Pelos anos seguintes, a cidade, dada a concentração de indústrias, passa a merecer o apelido de Pequena Manchester Paulista, em referência ao centro industrial britânico.
  • Um segundo surto industrial verificou-se na década de 1950, quando isenções de impostos atraíram empresas de porte considerável para a época, como a Eucatex, Emas, Picchi e Sivat, que juntas chegaram a oferecer mais de 3.500 empregos, firmando de vez o perfil industrial da cidade.
  • Esse caminho teve seguimento já nos anos 1970, com a criação de distritos industriais e novos incentivos à vinda de indústrias.
  • Cerca de vinte unidades se instalaram no município, justificando a chegada de grandes contingentes de migrantes provenientes de vários estados da Federação, com destaque para os paranaenses.
  • O surgimento de novos bairros, em ritmo acelerado, alterou a paisagem e, em grande parte, o ritmo de vida e as características sócio-culturais da cidade.

FORMAÇÃO ADMINISTRATIVA

  • Distrito criado com a denominação de Salto de Itu, pela Lei Provincial n.º 123, de 22-04-1885, subordinado ao município de Itu.
  • Elevado à categoria de vila com a denominação de Salto de Itu, pela Lei Provincial n.º 68, de 27-03-1889, desmembrado do município de Itu.
  • Sede no atual distrito de Salto de Itu (ex-povoado).
  • Constituído do distrito sede.
  • Instalado em 27-03-1890.
  • Elevado à condição de cidade com a denominação de Salto do Itu, pela Lei Estadual n.º 1.038, de 19-12-1906.
  • Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município de Salto de Itu é constituído do distrito sede.
  • Pela Lei Estadual n.º 1.593, de 29-12-1917, o município de Salto de Itu passou a denominar-se simplesmente Salto.
  • Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município de Salto é constituído do distrito sede.
  • Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1960.
  • Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2005.
  • Fonte: Salto (SP). Prefeitura. 2015.

SÍNTESE DAS INFORMAÇÕES

  • Área da unidade territorial – 2015 133,057 km²
  • Estabelecimentos de Saúde SUS 20 estabelecimentos
  • Índice de Desenvolvimento Humano Municipal – 2010 (IDHM 2010) 0,780
  • Matrícula – Ensino fundamental – 2015 13.388 matrículas
  • Matrícula – Ensino médio – 2015 5.302 matrículas
  • Número de unidades locais 4.273 unidades
  • Pessoal ocupado total 35.982 pessoas
  • PIB per capita a preços correntes – 2013 44.515,03 reais
  • População residente 105.516 pessoas
  • População residente – Homens 52.132 pessoas
  • População residente – Mulheres 53.384 pessoas
  • População residente alfabetizada 93.478 pessoas
  • População residente que frequentava creche ou escola 29.294 pessoas
  • População residente, religião católica apostólica romana 73.275 pessoas
  • População residente, religião espírita 1.530 pessoas
  • População residente, religião evangélicas 20.203 pessoas
  • Valor do rendimento nominal mediano mensal per capita dos domicílios particulares permanentes – Rural 450,00 reais
  • Valor do rendimento nominal mediano mensal per capita dos domicílios particulares permanentes – Urbana 677,50 reais
  • Valor do rendimento nominal médio mensal dos domicílios particulares permanentes com rendimento domiciliar, por situação do domicílio – Rural 1.992,87 reais
  • Valor do rendimento nominal médio mensal dos domicílios particulares permanentes com rendimento domiciliar, por situação do domicílio – Urbana 2.915,41 reais
  • Fonte:IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística