O projeto de abertura desta Avenida remonta aos anos de 1876 e 1877, época em que os empresários Frederico Glete e Victor Nothmann adquiriram a antiga “Chácara Mauá” visando a constituição do bairro que se chamou “Campos Elíseos”.

A planta do novo loteamento foi aprovada em 1878, ocasião em que as primeiras ruas foram abertas. Dentre elas, estava a atual Av. Duque de Caxias que, desde o início teve este nome.

A modificação ocorreu apenas com o seu traçado, uma vez que em 1881, por exemplo, ela começava na Av. São João e terminava no antigo “Largo Duque de Caxias”, atual Praça Júlio Prestes. O trecho entre a Av. São João e o Largo do Arouche desta Av. era conhecido como “Rua Dona Maria Tereza”, que foi incorporado no século XX. Luiz Alves de Lima e Silva, Duque de Caxias e patrono do Exercíto Brasileiro, nasceu em 25 de agosto de 1803, no arraial do Porto da Estrela, no Estado do Rio de Janeiro.

Reconhecido cadete aos 15 anos de idade no 1º Regimento de Infantaria da Corte, cursou a Real Academia Militar. Como tenente fez a campanha da Bahia e desde essa data nunca mais deixou de prestar assinalados serviços à Pátria. Em 1835 foi ao Rio Grande do Sul como pacificador, pondo fim a luta terrível que já durava 10 anos. Tornou-se então barão de Caxias.

Em 1840, devido a sua intervenção, foi pacificado o Maranhão, e em 1842 foi sufocada a rebelião que se instalara em São Paulo e Minas Gerais. Quando declarada a guerra contra o ditador Rosas, na chamada “Guerra do Paraguai”, Caxias ficou à frente de 18.000 homens, entrou no território oriental e obrigou Oribe a render-se com todo seu exército. Declarada a guerra contra Lopes, fez toda a campanha e, como comandante das Forças Brasileiras, venceu os paraguaios em Tuiuti, Humaitá e Uruguaiana.

Foi marechal do Exército, senador pelo Rio Grande do Sul, conselheiro de Estado, ministro da Guerra em 1853 e presidente do Conselho em 1856, 1861 e 1875. Foi dignatário de grande número de Ordens honoríficas, inclusive da Imperial Ordem de D. Pedro I, sendo a única pessoa que possuiu a Grã-Cruz, reservada para os Príncipes de Sangue.

Possuiu as medalhas de maior valor no Exército. Foi agraciado com os seguintes títulos: Barão, Visconde, Conde, Marques e Duque. O bravo militar foi o único brasileiro que obteve esse título de Duque. Faleceu na localidade de Barão de Juparanã, então província do Rio de Janeiro, aos 07 de maio de 1880.

Fonte: Arquivo Histórico de São Paulo